domingo, 20 de novembro de 2011

Curiosidade


Não entendo o amor dos garotos
E sou curiosa demais pra querer imaginar.
Não sei quais suas reações quando estão perto de quem amam
E não sei como se sentem quando estão apaixonados.
Eles não escrevem milhões de textos clichês como nós
E também não parecem ter necessidade de falar para todos;
Não se deixam conhecer e querer saber
Como se eles não pudessem fazê-lo;
Nos falam, mas não tudo, e isso nos frustra?
Defesa? Entendo, muito fortes pra se abaterem com isso?
Não lamentam em público um amor não-correspondido
Mas acho seus olhos muito mais verdadeiros.
Não sei se eles reparam dos cabelos até os pés
Procurando graça e ternura, como nós fazemos
Bem, que eles nos olham nós sabemos, mas queria saber o que se passa
Quando eles nos olham e se sentem apaixonados.

sábado, 19 de novembro de 2011


Não acho que seja estranho ela querer andar um pouco por ai.
Querer ficar um pouco sozinha, não pensar em nada sozinha
Andar que seja por uma pequena estrada de terra,
Um caminho com gramado muito verde
Ou não ver a hora de poder ir para praia.
É apenas um daqueles dias em que você quer tudo
Mas não quer nada.
Aqueles dias em que nada é tudo
E seu tudo vira nada.
Deixe que ela ande um pouco por ai
Deixe que ela saiba que você sente falta
Deixe-a.
Mas eu já a vejo no caminho de volta
Vestindo um diferente e estranho vestido
Carregando um estranho e diferente sorriso
Com aquele mesmo doce perfume
Agindo diferente, parecendo a mesma de sempre
Mas não parecendo àquela mesma
Parecendo apenas ela?
Ela ainda esta no caminho de ida
E ambos estamos tentando ver o que ela sente, não é?
Vamos com calma e não seja exigente
Estenda os braços e aguarde-a
No caminho da volta.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

E agora?


E agora?
Inspiração se foi
Tempo bom se foi
Quem eu queria se foi.
E agora?
Você ignora
Eu me afasto
Sinto ciúmes
Você retorna.
E agora?
Acabou-se feriado
Agora começa trabalho
Não agüento mais ouvi-los
Mas não consigo deixá-los.
E agora?
Meu choro acabou
Choro deles começou,
Meu vestido até que é bom
Mas tenho medo do dia de usá-lo.
E agora?
A festa acabou
Meu animo despencou
Adoro começar festas
E odeio o fim delas.
E agora?
De quem eu queria saber, não quer de mim
De quem eu não quero, esfrega o que quer
Quem eu quero ajudar, não se abre
E os que me querem, não me entrego.
E agora?
O ano acabou,
Tudo passou,
Você passou,
Já é lembrança,
Bom saber do poder te ver amanhã
E triste será, dezembro.
E agora?
Eu enlouqueci
Todos enlouqueceram
Estamos esperando
Ainda decidindo...
Mas e o agora?
Os dias estão vindo e eu quero só ver,
Nosso tempo esta acabando,
Foi muito bom te conhecer.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011


Minha cabeça estava erguida para que ela pudesse se manter longe daqui
Meus pés ainda caminhavam para que eu apenas não caísse onde eu estava
Minhas mãos estavam guardadas para que elas cerrassem os pulsos escondidas
E meus olhos não sabem aonde parar, pois querem olhar sem serem olhados.

Meus joelhos tremiam juntos, e mesmo quando os firmava, não paravam
Meus músculos estão contraídos em uma tentativa inútil de me conter
Minha fala sai boba e alterada, nada mais patético
E eu me condeno não controlar tudo isso quando deveria.
  
Abaixo a cabeça e, disfarçando, sorrio
Levanto ela mais uma vez e, sozinha, enxugo as lágrimas
Confesso querer guardar cada pequeno detalhe
Para caso nunca mais o veja.
E por dentro tudo se contem, para não desmoronar perto de você.

Meus estômago estava revirando, mas não sabia o porque
Minha respiração é lenta, apenas parte de alguma etapa
Meus nervos travavam, para não explodirem
Meu coração ignorava, para nada absorver
Minha cabeça ainda pesa, erguida para esquecer
Ou baixa apenas, para se desculpar.

Se estabelece e logo se altera
Perto e longe dos seus olhos
E por dentro tudo se contem, para não desmoronar perto de você
Dentro dos seus olhos.