domingo, 29 de janeiro de 2012


Bem, eu jurei estar forte sobre o que fazer
Mas então eu acordei me sentindo fraca.
Quando deitei era como se estivesse mais do que certo
E agora já parece não fazer nenhum sentido
Quando me lembrei de tudo que tinha para falar
Minha língua se enrolou e nenhuma palavras parecia boa,
Nem forte, nem de confiança e nem certa.
E os lados, discutidos e em questão, não pareciam bons
Todo meu ensaio foi anos atrás
Minhas pernas continuam fracas
Tanto quando minhas palavras
E eu me sinto forte e com vontade
Tanto quanto a força das minhas pernas.
E teve vários lados que eu nunca analisei
E o meu lado real, eu nunca imaginei
Minha coragem sempre me levou a fazer tudo o que queria
Mas meu impulso agora, está fraco.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

 
Eu não lembro de nenhuma palavra errada vinda dele
Porque palavras ele sabia falar as certas
 Eu lembro das atitudes erradas
Do jeito errado e do quanto todas
Diziam que ele era bom

Não importava o que ele fizesse
Coisas legais saiam da sua boca
Ele me olhava ora com olhar de aprovação, ora me esnobando
Enquanto todas as outras ficavam loucas 
Para por o que tivessem nele, e em torno dele.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012


Eu gosto de dias agitados, eu gosto de não ver o dia passar
Gosto de acordar tendo o que fazer por mais que eu vá reclamar
Passar a tarde esperando horários bons, chegar de noite e ter algum plano
Ir dormir já pensando no que fazer amanhã.
Não acho que nasci pra viver como muitos que conheço
Até um tempo atrás eu não sabia se ia ser como toda a família
Mas alguns dias quietos e eu vejo, nasci pra viver um dia inteiro.
Confesso que gosto de olhar pro meu calendário e ver dias circulados nas semanas
Gosto de riscar os dias nele pensando “Venha tal dia”
Eu gosto do sentimento que me vem quando me sinto bem onde estou
E mesmo que eu saiba que posso acordar amanhã me sentindo ao contrario disso
Vá dormir chorando e acorde me perguntando,
Gosto quando passo o dia e vou dormir sorrindo.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012


 É difícil começar a guiar um caminho próprio
Quando todos os caminhos parecem certos
Quando todas as opiniões divergem
Quando várias cabeças tentam te derrubar
E quando ainda se tem um cérebro pra crescer mais um pouco

Não é fácil olhar para um futuro sonhado
Perguntando-se se é o certo a fazer
Tentando estar lá para olhar para trás e ver.
Não sabendo se os mais velhos realmente sabem ou só tentam convencer
Se olhar para o lado, você tropeça
Se baixar a guarda, você perde
Se ignorá-los, você cai
E se eu me fechar no que desejo, chegarei então lá?

O tempo não é algo que anda a nosso favor
“Nosso” se você tiver tantos sonhos quanto eu
Porque cada dia ou mês parado, é um mês perdido
Vivemos agora contando com o lucro
Porque estamos todos zerados, começando do nada
E cada semana passada é uma a mais desaproveitada
E uma a menos para o abismo.
Abismo do qual eu quero me atirar
Porque o tempo de agora conta como segundos
E eu sei que meu tempo está lá na frente
Mas está chegando.

Chega certa hora em que pensar somente em si
Não é egoísmo, e sim sobrevivência
Uma hora em que você sabe e se lembra de tudo já vivido
Mas que passa a ser ignorado.
Você sente necessidade de seguir
Mas sabe que se os sentimentos falarem mais alto, você fica
E então é por isso que você chora
Porque o tempo está passando e com ele, a época em que ele era bom.
As pessoas não são esquecidas
Só deixam de ser o pensamento principal
Quando você menos espera, nos seus sonhos elas aparecem
E pra continuar, boa parte você ignora
Porque, ainda bem, ninguém lê o que você pensa
E, infelizmente, ninguém sente o que você sente.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012


Quem sabe um dia eu me canse de me cansar com os outros e largue tudo para trás.
 
Quem sabe um dia eu não vá morar num campo. Em uma casinha no topo de uma montanha, cercada de flores tendo um periquito como animal, precisando pensar somente se um dia a montanha irá desmoronar e se terei que mudar dali...
 
Talvez eu me mude então para a praia, vá morar no litoral, onde tenha uma pequena casa arejada aonde eu possa apenas andar de vestido, sente-me sobre as pedras todos dos fins de tarde e então veja o pôr-do-sol esperando o dia que o mar subirá tanto que terei que me mudar de novo...
 
E então eu irei para longe daqui, aonde a cidade tenha muitas luzes e uma grande avenida onde eu possa andar admirada me imaginando em uma cena de cinema da década de trinta, que quando eu sente em um banco tomando sorvete, eu ouça todos conversando e não entenda quase nada, para então sorrir.
 
Se essa cidade acabar? O mundo então estará acabando. Só sei que quando eu acabar, eu quero que todas essas saudades me passem. Que me passem “parabéns”, me passe boas palavras, me passe o cheiro do mar e me passe a minha futura vida vivida. 
Quero morar nessas casas e, vendo tanta coisa ruim hoje em dia, na paz eu quero morar.