quarta-feira, 1 de agosto de 2012



 Por que tudo está tão frio? Tão distante?
Os dias têm passado rapidamente na lentidão dos meus sonos
E mesmo que durma, o mundo não se desliga
O tempo tem passando rapidamente e quando achamos que é hoje
Nós viramos buscando respostas e expectativas bem lá atrás.
Não digo que por outros sinto ódio,
Mas suas meras palavras me enojam e eu não consigo negar.
Por que os medos deles são tão diferentes dos meus?
Mandaram-me correr para buscar o que queria
Mas esqueceram de me mostrar o caminho que vai além desse aqui
E mesmo que questione tudo o que acontece e vem acontecendo
As respostas sempre serão as mesmas, porque aqui é limitado.
Por que se foram? Porque tão afastados?
Contei nos dedos quais me importavam
E contei nos dias o quanto demorariam
Conto ainda o tanto a ser lembrado e o feito
E vou contando, contando...
Mesmo quebrando o silêncio com o grito de pedidos,
A resposta volta ao som da minha própria voz
As palavras estão em escassez, mas sorrisos eu lhes daria aos montes
Por que a minha falta não sentem?
Mas aos outros, não se incomodem em segurar minha mão e nem de me apertar
Quando a simples idéia de substituição subestima meus sentimentos
Há falta de pessoas a quem culpar, e a mim, eu já cansei.
A luz dói aos olhos, o humor revela irônia, o azul reverte ao xadrez
Agora para me guiar só sua voz, seus ideais
Não tem sido claro por um bom tempo, e não tem melhorado
Perdi outra vez dentro da separação que fiz, a noção de limites
E ao menos consigo controlar pois a mera ideia de fugir
Me faz rir entre o desperdício que são todos eles.
Eu fecho os olhos e espero que passe
Como passou tão rápido o agora, o que está por vir...
Invoco o possível de mim e olho para depois,
Uma hora há de chegar
Os planos estão feitos, ao errado e ao certo, tudo está traçado
Mas nem eu, ao menos, me importo
Porque o meu tudo está tão frio e tão distante.

segunda-feira, 23 de julho de 2012


Estou sentada aqui comigo, e só comigo
Sob um céu engraçado.
A tarde vai se acabando
O tempo vai se passando
Mais tarde o vejo estrelado

A rotina voltou ao seu normal
Já se esqueceu o que é banal
E eu gosto do que vejo.
Doce tarde de domingo
Em que não se quer suicídio
E no sorriso dos outros
Descanso o meu pouco.

Eles discutem pelas regras
Não compreendo, sou outra era
E não me explicam o porquê.
Quero viver do céu laranja
Que no meu quarto se encontra
Onde você perdeu de ver

Vou andar sobre as nuvens
Que em suas formas se entregam
E ninguém enxerga.
De nuvem em nuvem irei caminhando
Como um louco conquistando
Todo e qualquer sonho

Algum dia irão se encontrar
Querendo ser o par
De alguém muito longe.
Falarão sobre amigos,
Sobre futuro e destino
E do bonde que se foi

E a vida vai seguindo
O percurso e o caminho
Que nós traçamos.
E se algo aqui mudar
Iremos para o mar
Só para depois então, decidirmos.

domingo, 24 de junho de 2012

A vida é simples na luz do luar


Que bonita essa tal de simplicidade.

Quando se esta andando por um caminho já conhecido 
E cada vez que se passa por ele com um diferente humor, 
Ele tem um diferente jeito.
Quando as brincadeiras simples com surpresas ainda mais simples 
Reúnem as pessoas nem que seja por minutos de distração.
Ou quando o dia parece ter começado muito mal, sem soluções, 
E você inesperadamente recebe risadas de pessoas inocentes, 
Mas que sentem e gostam de rir.
Passar mais de doze horas enrolado em cobertas no frio
Andar com os pés descalços no calor
Ouvir as palavras que precisa e queria, sem esperar
Perceber a dedicação de alguém para ter sua atenção
Acordar e perceber que daquele momento até acordar novamente, tudo estará bem.
Olhar em volta e se satisfazer e alegrar com a paisagem que vê,
Desejar passar horas num lugar tão simples com um barulho único, 
Onde ondas se quebram sempre
E que se aguardar, de uma vermelhidão o céu preenche
E então desejar que a grande luz branca da noite 
Suba no seu máximo só para ser vista.

Sons que os ouvidos e a alma acalmem
Um conjunto enorme de palavras que tocam
Uma imagem que te faça sorrir com os olhos.
Presenças que te deixam a vontade para ser somente você
O não medo de parecer louco aos olhos dos outros
E a aceitação de que nunca todos, irão gostar.

Passeios e viagens que pouco se sabe do dinheiro gasto,
Mas mesmo que anos se passem, os sentidos de tudo se lembram.
Alguns passageiros que não conviveram para apego
Mas que o pouco que ficaram, te mexeram por dentro.
A primeira má impressão e rejeição que se transformou em admiração
Da mesma maneira que a primeira boa impressão, perdeu seu encanto.

Aqueles estranhos bons arrepios e sensações que poucos nos causam
E o gosto bom de infância que às vezes nos vem.
Novamente as doces palavras de quem se gosta e sorrisos alheios
E acordar na madrugada, olhar o relógio e voltar a dormir.
Um olhar de parceria ou uma pequena preocupação,
Observar seus lados e ver em pequenas coisas as mudanças em um dia...

Que bonito esse clichê
E essa tal de simplicidade.

segunda-feira, 21 de maio de 2012


Estou exatamente aonde queria estar agora,
E estou, também, sentindo tudo o que não deveria.
Passei uma semana inteira olhando as mesmas datas vividas no passado
E admito que sinto falta da inocência e do lugar onde estava,
As pessoas que comigo estavam, mas que a tristeza e o medo não ficaram lá atrás.
Talvez se pudéssemos ter um controle que nos levasse até o futuro,
O medo do presente ia ser menor, se sentir tão inferior não existiria
E aprender a se comportar como todos os outros, soaria normal.
Se ele nos levasse ao passado, não mudaríamos nada
Mas ao menos iríamos rir de novo com as coisas boas,
E veríamos aquele que depois de tanto conviver, talvez nunca mais ver.
Alguma possível explicação estará por vir
Do porque tanto esforço e quase nada recompensa,
Olhar para os lados e ver os mesmo objetivos sendo alcançados
Sem entender no que se difere, sem entender o porquê estar menos à vontade;
Ficar forte ao pensar que tudo começado, tem que acabar
E quase na certeza de que não será agora, a hora certa virá.
Quem nunca desejou por alguns momentos ser outro alguém
Só para saber como é ser bom o suficiente, no mínimo,
Só para montar o perfeito sobre a própria cabeça?
Quem nunca tentou fugir de si mesmo e se convencer dos opostos
E topou com a própria imagem no fim de uma corrida, sem saída?
Quem nunca entrou em desespero por tanto ter a situação nas mãos...?
Consigo ver nitidamente o que ocorreu há anos,
Adicionando mais um item a lista de aceitação para então viver em paz,
Olhando do lado e desejando de verdade o que todos querem
Mas fazendo-o acontecer só em pensamentos.
Muitos não entendem como é viver com essa crença de vida
Mas quem diria, talvez eles não precisem de tanto esforço,
Talvez convençam a si mesmos, e talvez isso os faça vencedores, quem sabe
Não lembro quando passou a ser assim,
Mas uma hora as conseqüências vêm juntas
Sem se importar se você sofre ou as aceita facilmente
Sem saber e ter noção, do que se sente.
E é sentindo muitas coisas, sem ninguém imaginar, que ainda escrevo
Imaginando se alguma hora, algum dia, por acaso, em saber, sem intenção ou propósito
Ou talvez intencionalmente, sem problemas, para conforto, 
felicidade ou só para não se sentir sozinho,
Alguém leia o que nós sabemos que muitos não conseguem entender, nem dizer
Da mesma maneira que eu ouço as músicas e as frases de inspiração, 
de quem já esteve assim,
E consigo todos os dias seguir, ignorar algumas coisas e sorrir, e por ai até o fim
Em linhas que só eu entendo, ouvindo e absorvendo de tudo,
Para ver e entender o quanto eu ainda sou pequena, ou o mundo ainda selvagem.

domingo, 6 de maio de 2012


Olho para dentro e vejo pedaços sendo esmagados
Olho para fora e vejo alguém que costumava se conhecer.
Todos são estranhos, todos são público
Dia a dia não sei mais o que é difícil ou já foi
Paro e penso sobre as escolhas e de novo não sei se foram as certas.
Eu poderia facilmente me chacoalhar ou me dar um tapa,
Me odiando e querendo fazer mudar, depois de me abraçar e me beijar,
Eles não voltaram, eles não perguntaram, eles nem se importaram
Não insistiram e nem me ajudaram,
Agora, que até para mim, só alguém que costumava conhecer.
Todos que foram verdadeiros estão agora tão longe
Não os vejo, não nos falamos, quilometros e quilometros
E os que vêem, têm de me perdoar, não são iguais aos que eu queria que vissem
Porque eu nunca me senti desse jeito antes,
Esperando aos minutos as horas passarem,
Os dias acabarem, para só levantar e ir embora
Andando como se não conhecesse o que eu deveria estar fazendo
Abrindo os olhos e não acreditando que foram só alguns pesadelos,
Que as pessoas algumas vezes são pesadelos
E que talvez eu tenha me tornado um para mim mesma.
Quando eu costumava conhecer, eu costumava saber o que falava
Eu era programada, eram algumas sábias palavras e mais nada,
Para agora atropelar o que quer dizer,
Confessar o que não deveria, não achar no que pensar
Só fixar os olhos e fingir analisar muito,
Não querer levantar porque todos cansam, não?
E as coisas mais sinceras, vocês nunca vão ler
A menos que um dia eu me sinta tão livre
Para então não ter medo de mostrar o que tem por dentro.
O que é uma grande mentira, pois não há nada a esconder
Só um pouco de paciência para desvendar.
Chaves de carros, bandas antigas, roupas legais
Nada disso tem me impressionado muito mais
Livros foram lidos num passado muito distante
E minhas risadas de dias estão guardadas,
E quanto os olhos que brilhavam e esperavam? Nada procuram
Já foram mais corajosos, e enquanto não escrever
Exatamente tudo o que quer, sem pensar em qualquer,
Não voltará há alguns anos, voltará a ser, conversar e se importar
Voltar a ser alguém que eu costumava conhecer.

segunda-feira, 9 de abril de 2012


Coisas aparentemente pequenas e desnecessárias
Guardadas em uma das tantas caixas
Só mais uma nessa imensidão.
Cortina rose de babados
Ursos enfileirados e empoeirados
Pequenas e quaisquer roupas que vistam bem
Uma boneca de pano com olhos pintados.

Quatro portas e sete gavetas
Guardam histórias nunca acabadas.
Um criado-mudo com contos de fadas
Canetas que dançam em lisas folhas de papel.
Anotações que decidem os dias
Porta CDs que nunca as guardaram...
Boneca de pano deitada e enrolada
No xadrez avermelhado.

Paredes brancas e teto que brilha
Chão de piso quente que peles esfria
Janela pequena e sem jardim
No mundo sem fim, boneca de pano vazia.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Tentando


Perceber uma monotonia quando ouve uma música e
 Vem a boca o gosto de uma noite fria e que pertence a madrugada,
No mesmo carro, fazendo o mesmo percurso
Quando seleciona as histórias para se pensar no caminho e calcula-se os tempos de duração
Quando as personagens são as mesmas, porém mais manipuladas e pacientes
Você criou um sobre-mundo para conseguir passar por esse afinal

Toda vez que eu tenho algo que vá fazer uma conversa desenvolver, some da minha cabeça
Toda vez que eu me sinto bem para fazer algo acontecer, eu penso no amanhã
Me faz um favor, veja o futuro e diga que tudo ficará bem
Me faz um favor e resuma nossos dias em poucas palavras
Me faz um favor e responda as perguntas nunca feitas

Tudo o que nós queremos agora só virá do dinheiro
Tudo o que eu quero só virá de percepção e da sorte no caminho
Nada como antes, tão diferente que parece longe dessa vida
Triste é passar os dias longe de quem se quer abraçar, e cansado
Chegar em casar sorrir e dizer que tudo ocorreu bem

Olho os lados e consigo ver tantos assuntos para discutir
Tantas argumentações e idéias, tanto tudo que me cansará se isso começar
Às vezes vale muito mais ficar quieta e pedir favores em silêncio
Como por exemplo, cale a boca de todos os demais que falam conosco?
Faça-nos uma gentileza, nos poupe de ouvir suas ignorâncias
Faça-me um favor, e coloque alguém que não perturbe minha cabeça aqui
Faça-me o favor, e diga que suas apostas sem compromisso são em mim, só em mim

Apenas mais algumas crenças como “Tudo de bom estar por vir” ou
“Ainda é cedo, no meio da confusão, para partir querido”
Ou mais alguns favores como nossa obrigação de ter cuidados com alguém
E em saber “Como começou e terminou seu dia querida?”

sábado, 10 de março de 2012


Esqueci algumas despedidas
Esqueci de momentos por alguns segundos,
Quando se está tão longe de casa, tudo parece tão menor
E quando você chega em casa, tudo está ainda maior.

Porque quando eu as tenho, tudo parece tão melhor
Quando eu tenho a eles, é tão louco
Quando tenho a todos, é tudo tão bom
Quando não há ninguém, é pouco, é pouco...
 

Porque quando eu me tenho, inteiramente eu, somente eu
A vida parece muito rara.
Me escapa das mãos, e eu vivo apenas a carcaça
Das idas e vindas de alguém.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Um breve resumo sobre a Dor

   Ainda não consegui me decidir qual é a pior parte de ver as pessoas partirem. Se é saber que é a última vez que irá vê-la, se é o cheiro das roupas e do perfume dela que nos marcam, se é não conseguir despedir-se delas ou se é ter consciência de que nos vermos de novo, só por fotos agora.
   Muitos escrevem textos assim, eu sei, mas é que só agora eu tenho sentido essa dor. A dor de ver quem nós queremos por perto indo embora. Poderia ser uma dor invejada, do tipo “não vá de jeito nenhum”. Poderia ser uma dor egoísta que se deixa desmoronar, do tipo “choro mesmo porque não quero que vás sem mim”, mas é uma dor inocente que só dói por querer alegria. É uma dor que sente a sua perda, mas que não quer nada menos que a felicidade e o bem dos que vão.
   É uma dor bem estranha porque ela não queria apenas ser deixada, talvez ela quisesse ir junto. Não junto de lado a lado, mas de ir embora também. É uma dor que espera, espera passar, espera o tempo certo chegar e espera aceitar.
   Na verdade sinto essa dor muito antes de ela ter real motivo para existir, porque não a criei só agora. Eu a alimentei por muito e muito tempo e agora que ela já está crescida, ela também está madura, não tão frágil quanto a dor dos outros, só que ela é maior e me devora então muito mais. Outra verdade é que não a alimento e sinto-a assim, a todo o momento. Às vezes quando se esquece se de cuidar, ela se leva ao alimento, nos leva a nossa saudade e devora um pouco de nós de novo. É preciso cuidar do que se ouve, do que se vê, do que se lembra e até do que se escreve porque essa dor se alimenta de tudo o que gostamos, e nós guardamos e gostamos das únicas coisas que nos marcam.
   Dor na verdade, e sem querer, é culpa. Culpa talvez de não ter dado devido valor, de não ter agido antes,  de não ter falado o que queria, de deixar o tempo apenas passar achando que ele jamais chegaria. Nos culpa por sermos tão tolos e não enxergamos e não termos reagido a ela antes.
   Se a dor da perda fosse algo, seriam pedaços humanos caídos em uma trilha. Uma trilha em que se esta sozinha, porque nós só conseguimos ver nossos próprios pedaços e nunca o dos outros. Nós vemos sorrisos e conversas, nada mais. Conto-lhes uma curiosidade: quando sei que alguém sente uma dor desse grau, que não há palavras que consolem, eu a observo para tentar ver o quão forte tudo isso é. Não julgo, observo.  Eu quero ver como a pessoa fala, age e suas reações. Quantos sorrisos pode dar uma pessoa apenas por dar? Quantos assuntos consegue ela falar se distraindo? O quanto agüenta? Resposta: ingenuidade minha achar que vou descobrir algo assim porque não a observo quando ela esta sozinha. Comprovação: ninguém faz idéia da dor que eu sinto porque ninguém está comigo quando eu a sinto.
   A dor é um parasita da alma que só depende de nós e do que temos de bom. Chocolate não cura, internet não cura, sair com os amigos para passear não cura, essas coisas só acalmam. A dor como todos os sentimentos nascem com a gente, só se intensifica conforme se cresce. Quando se é criança, a dor é física e um machucado acaba com suas brincadeiras. Quando se cresce ela é mental e uma dor dessas acaba com seus dias. Eu trocaria a dor que se sente quando se percebe que o tempo e as pessoas estão indo por qualquer perna ralada e ombros e braços com gases e esparadrapos. Infelizmente não há água oxigenada e pomadas que se passe em lembranças, que se cure com mertiolate ou que sare em uma semana.
   E não se esqueça que a dor é temperamental. Hoje ela está muito intensa, amanhã quando acordar ela estará neutra e semana que vem eu nem saiba muito como era senti-la hoje, mas eu não me esqueço: diferente das pessoas, ela vai voltar, e vai voltar no mínimo derrubando muitas lágrimas.
       

“Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente”
           William Shakespeare. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

 
 Don’t be afraid little girl
Your fears gonna pass in the morning
When the sun comes and the cold is gone.

Go to sleep no fears little girl
Teddy bear will protect you from evil
And when the nightmares wake you up tonight
Get back sleep hugging him ‘cause he protects you

Little girl, it’s everything all right now
The lights already are on
And there is a music playing to you.

So don’t cry little girl, don’t cry
When everything passes you won’t need to cry anymore
We are here together, with you
And all your fears? Well, they gonna pass.

domingo, 29 de janeiro de 2012


Bem, eu jurei estar forte sobre o que fazer
Mas então eu acordei me sentindo fraca.
Quando deitei era como se estivesse mais do que certo
E agora já parece não fazer nenhum sentido
Quando me lembrei de tudo que tinha para falar
Minha língua se enrolou e nenhuma palavras parecia boa,
Nem forte, nem de confiança e nem certa.
E os lados, discutidos e em questão, não pareciam bons
Todo meu ensaio foi anos atrás
Minhas pernas continuam fracas
Tanto quando minhas palavras
E eu me sinto forte e com vontade
Tanto quanto a força das minhas pernas.
E teve vários lados que eu nunca analisei
E o meu lado real, eu nunca imaginei
Minha coragem sempre me levou a fazer tudo o que queria
Mas meu impulso agora, está fraco.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

 
Eu não lembro de nenhuma palavra errada vinda dele
Porque palavras ele sabia falar as certas
 Eu lembro das atitudes erradas
Do jeito errado e do quanto todas
Diziam que ele era bom

Não importava o que ele fizesse
Coisas legais saiam da sua boca
Ele me olhava ora com olhar de aprovação, ora me esnobando
Enquanto todas as outras ficavam loucas 
Para por o que tivessem nele, e em torno dele.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012


Eu gosto de dias agitados, eu gosto de não ver o dia passar
Gosto de acordar tendo o que fazer por mais que eu vá reclamar
Passar a tarde esperando horários bons, chegar de noite e ter algum plano
Ir dormir já pensando no que fazer amanhã.
Não acho que nasci pra viver como muitos que conheço
Até um tempo atrás eu não sabia se ia ser como toda a família
Mas alguns dias quietos e eu vejo, nasci pra viver um dia inteiro.
Confesso que gosto de olhar pro meu calendário e ver dias circulados nas semanas
Gosto de riscar os dias nele pensando “Venha tal dia”
Eu gosto do sentimento que me vem quando me sinto bem onde estou
E mesmo que eu saiba que posso acordar amanhã me sentindo ao contrario disso
Vá dormir chorando e acorde me perguntando,
Gosto quando passo o dia e vou dormir sorrindo.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012


 É difícil começar a guiar um caminho próprio
Quando todos os caminhos parecem certos
Quando todas as opiniões divergem
Quando várias cabeças tentam te derrubar
E quando ainda se tem um cérebro pra crescer mais um pouco

Não é fácil olhar para um futuro sonhado
Perguntando-se se é o certo a fazer
Tentando estar lá para olhar para trás e ver.
Não sabendo se os mais velhos realmente sabem ou só tentam convencer
Se olhar para o lado, você tropeça
Se baixar a guarda, você perde
Se ignorá-los, você cai
E se eu me fechar no que desejo, chegarei então lá?

O tempo não é algo que anda a nosso favor
“Nosso” se você tiver tantos sonhos quanto eu
Porque cada dia ou mês parado, é um mês perdido
Vivemos agora contando com o lucro
Porque estamos todos zerados, começando do nada
E cada semana passada é uma a mais desaproveitada
E uma a menos para o abismo.
Abismo do qual eu quero me atirar
Porque o tempo de agora conta como segundos
E eu sei que meu tempo está lá na frente
Mas está chegando.

Chega certa hora em que pensar somente em si
Não é egoísmo, e sim sobrevivência
Uma hora em que você sabe e se lembra de tudo já vivido
Mas que passa a ser ignorado.
Você sente necessidade de seguir
Mas sabe que se os sentimentos falarem mais alto, você fica
E então é por isso que você chora
Porque o tempo está passando e com ele, a época em que ele era bom.
As pessoas não são esquecidas
Só deixam de ser o pensamento principal
Quando você menos espera, nos seus sonhos elas aparecem
E pra continuar, boa parte você ignora
Porque, ainda bem, ninguém lê o que você pensa
E, infelizmente, ninguém sente o que você sente.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012


Quem sabe um dia eu me canse de me cansar com os outros e largue tudo para trás.
 
Quem sabe um dia eu não vá morar num campo. Em uma casinha no topo de uma montanha, cercada de flores tendo um periquito como animal, precisando pensar somente se um dia a montanha irá desmoronar e se terei que mudar dali...
 
Talvez eu me mude então para a praia, vá morar no litoral, onde tenha uma pequena casa arejada aonde eu possa apenas andar de vestido, sente-me sobre as pedras todos dos fins de tarde e então veja o pôr-do-sol esperando o dia que o mar subirá tanto que terei que me mudar de novo...
 
E então eu irei para longe daqui, aonde a cidade tenha muitas luzes e uma grande avenida onde eu possa andar admirada me imaginando em uma cena de cinema da década de trinta, que quando eu sente em um banco tomando sorvete, eu ouça todos conversando e não entenda quase nada, para então sorrir.
 
Se essa cidade acabar? O mundo então estará acabando. Só sei que quando eu acabar, eu quero que todas essas saudades me passem. Que me passem “parabéns”, me passe boas palavras, me passe o cheiro do mar e me passe a minha futura vida vivida. 
Quero morar nessas casas e, vendo tanta coisa ruim hoje em dia, na paz eu quero morar.