Por que tudo está
tão frio? Tão distante?
Os dias têm passado
rapidamente na lentidão dos meus sonos
E mesmo que durma, o
mundo não se desliga
O tempo tem passando
rapidamente e quando achamos que é hoje
Nós viramos buscando
respostas e expectativas bem lá atrás.
Não digo que por outros sinto ódio,
Mas suas meras
palavras me enojam e eu não consigo negar.
Por que os medos
deles são tão diferentes dos meus?
Mandaram-me correr
para buscar o que queria
Mas esqueceram de me
mostrar o caminho que vai além desse aqui
E mesmo que
questione tudo o que acontece e vem acontecendo
As respostas sempre
serão as mesmas, porque aqui é limitado.
Por que se foram? Porque
tão afastados?
Contei nos dedos
quais me importavam
E contei nos dias o
quanto demorariam
Conto ainda o tanto
a ser lembrado e o feito
E vou contando,
contando...
Mesmo quebrando o
silêncio com o grito de pedidos,
A resposta volta ao
som da minha própria voz
As palavras estão em
escassez, mas sorrisos eu lhes daria aos montes
Por que a minha
falta não sentem?
Mas aos outros, não se
incomodem em segurar minha mão e nem de me apertar
Quando a simples idéia
de substituição subestima meus sentimentos
Há falta de pessoas
a quem culpar, e a mim, eu já cansei.
A luz dói aos olhos,
o humor revela irônia, o azul reverte ao xadrez
Agora para me guiar
só sua voz, seus ideais
Não tem sido claro
por um bom tempo, e não tem melhorado
Perdi outra vez
dentro da separação que fiz, a noção de limites
E ao menos consigo
controlar pois a mera ideia de fugir
Me faz rir entre o desperdício
que são todos eles.
Eu fecho os olhos e
espero que passe
Como passou tão
rápido o agora, o que está por vir...
Invoco o possível de
mim e olho para depois,
Uma hora há de
chegar
Os planos estão
feitos, ao errado e ao certo, tudo está traçado
Mas nem eu, ao
menos, me importo
Porque o meu tudo está tão frio e tão distante.