sexta-feira, 4 de novembro de 2011


Minha cabeça estava erguida para que ela pudesse se manter longe daqui
Meus pés ainda caminhavam para que eu apenas não caísse onde eu estava
Minhas mãos estavam guardadas para que elas cerrassem os pulsos escondidas
E meus olhos não sabem aonde parar, pois querem olhar sem serem olhados.

Meus joelhos tremiam juntos, e mesmo quando os firmava, não paravam
Meus músculos estão contraídos em uma tentativa inútil de me conter
Minha fala sai boba e alterada, nada mais patético
E eu me condeno não controlar tudo isso quando deveria.
  
Abaixo a cabeça e, disfarçando, sorrio
Levanto ela mais uma vez e, sozinha, enxugo as lágrimas
Confesso querer guardar cada pequeno detalhe
Para caso nunca mais o veja.
E por dentro tudo se contem, para não desmoronar perto de você.

Meus estômago estava revirando, mas não sabia o porque
Minha respiração é lenta, apenas parte de alguma etapa
Meus nervos travavam, para não explodirem
Meu coração ignorava, para nada absorver
Minha cabeça ainda pesa, erguida para esquecer
Ou baixa apenas, para se desculpar.

Se estabelece e logo se altera
Perto e longe dos seus olhos
E por dentro tudo se contem, para não desmoronar perto de você
Dentro dos seus olhos.

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