segunda-feira, 24 de outubro de 2011


Bebi um pouco de você.
No começo não gostei do aspecto, mas todos comentavam das reações, então resolvi beber uma pequena dose.
Era amargo, me deu nojo e do sabor não gostei. Mas era algo excitante.
Provei outra dose pra confirmar e o gosto foi estranho, uma mistura de amargo, mas ao mesmo tempo um pouco doce. 
Passou a ser um pouco melhor quando segurei um pouco na boca até eu engolir, e depois me descer rasgando.
Me assustei e pensei em não mais beber. 
Cai em tentação e pedi outra dose de você.
Tinha gosto de “quero mais” e pela minha falta, estava leve e divertida, tão ingênua, tão boa que me fez chorar por intermináveis horas. Percebi que me fez mal, apesar de ser tão bom.
Ouvi conselhos sobre parar de beber e larguei da bebida enquanto analisava minhas reações.
Sai, lá estava. Minha bebida.
Bebi o que tinha de uma vez só, sem me preocupar com nada, virando o que tinha parecido com aquele gosto.
Meu estomago embrulhou, me deu dor de cabeça, comecei a chorar e era capaz de cair em quaisquer braços pra me curar disso. 
Me tranquei num banheiro e vomitei tudo aquilo dentro de mim, desde bebida até meu nojo. 
Vomitei até engasgar de tanto que era a intoxicação daquela dose.
Esperei longos minutos sem reação e sem vontade. 
Resolvi nunca mais beber e cá estou em uma abstinência. 
Sem bebida, sem problema. Sem bebida, sem sentimentos. Sem bebida, sem você.
Uma dose de vez enquando não mata. Só te faz querer morrer.

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